sábado, 25 de maio de 2013

Relatório de APS - Nossa opinião sobre o projeto.








                     





                                   Relatório de APS 
















Carolina Hermanas da Silva RA: B3437I-5
Cristiano da Silva Santos - RA: B30281-0
Damaris Goes - RA:B19539-8
Yuri Priscila - RA:B4129E-9

No começo de fevereiro,a professora Lígia nos orientou a fazer um trabalho sobre os movimentos literários estudados em sala de aula.O objetivo do projeto em si era escolher um movimento(de preferência a que estávamos aprendendo) e elaborar algum conteúdo acessível á outras idades,também.Ou seja,que não fosse nada muito cientifico,mas que conseguíssemos nos entrosar com os outros blogs também feitos ou até,quem sabe,conseguir chamar a atenção de blogs desconhecidos,procurando conselhos e dicas para melhorarmos.
A primeira etapa consistia em montar um grupo de três á quatro pessoas,construir um blog – instrumento muito utilizado nos dias de hoje- ,apresentando nosso trabalho em cada post.O nosso projeto foi em cima do movimento Literário Trovadorismo,tentando trazer para a atualidade algumas cantigas de cantores como Chico Buarque e outros famosos do MPB,favorecendo o conteúdo estudado em cada verso de música.Fizemos alguns posts com “novidades” sobre o Trovadorismo,como os dos grupos que vivem por aí nas cidades.E algumas postagens(verdadeira palavra da derivação “post”),sobre músicas que podem ser comparadas com as cantigas da época do Trovadorismo.
O nosso objetivo foi apresentar por intermédio de um instrumento potente no mundo da tecnologia(o blog) alguns aspectos da Literatura Portuguesa,focando no assunto que escolhemos para ser tratado.
Comentários de cada componente:
Yuri – É muito importante nos prepararmos para todas as possibilidades de visibilidade do nosso trabalho.Além da Prática Supervisionada,também tivemos que elaborar um plano de aula, detalhando o máximo possível como faríamos para dar aula.Ao seguir um modelo espeficio de projeto de aula, tivemos que pesquisar mais alguns detalhes,reinventar algumas ideias e até perguntar para pessoas mais experientes,recebendo conselhos e indicações de como deveríamos fazer.
O blog nos ajudou a organizar ideias,nos ensinou a ver por outro lado a prática do ensino em si.

Damâris – Creio que a responsabilidade de manter um blog atualizado nos faz sentir como professores,porque precisamos buscar cada vez mais o conhecimento da matéria dada.
Ao fazer um plano de aula,percebi que o professor deve estar preparado para qualquer imprevisto e saber conduzir a aula,respondendo eventuais perguntas feitas pelos alunos.Um ponto importante é fazer com que os alunos se interessem pela matéria,também.Ou seja,ser criativo e inovador.
Também pude perceber o tempo e o trabalho que leva para o professor elaborar um plano de aula.
Resumindo:Apreciei muito a experiência e aprendi também.

Cris - Acredito que o Blog de Literatura, voltado para o Trovadorismo, tenha a capacidade de atingir uma grande parte de seus objetivos, por que trabalhar com literatura nos tempos atuais é algo realmente difícil, pois os jovens não se interessam facilmente por tal assunto.
O ideal de buscar novas maneiras de apresentar esses conteúdos precisa ser realmente inovador e interessante. O professor precisa estar preparado para as dificuldades de execução do projeto nas aulas que serão dadas.
Carol – O blog é uma ferramenta poderosa nas mãos de quem a utiliza,hoje.Precisamos saber dialogar com os jovens na época em que vivem,ou seja,nos infiltrando na tecnologia e trazendo coisas interessantes e criativas para abrirem os olhos deles.Creio que nossa ideia foi boa,mostrando como a música de hoje pode ser também uma imitação do Trovadorismo.O professor precisa se adaptar á tudo isso.Precisa sempre modernizar suas aulas.

Conclusão:
Concluímos que a ideia do projeto foi ótimo para podermos nos aprofundar mais na escolha que fizermos dentro da nossa profissão.Pudemos perceber que nem sempre é fácil elaborar aulas e eventos e coisas relacionadas á dar aula em si.Faltou mais postagens, faltou mais conteúdo no nosso blog.Com a saída do David Faula,o nosso ex-integrante do grupo,o criador da ideia geral,foi um  pouco  difícil conciliarmos tudo,mas no final do trabalho,conseguimos chegar a uma conclusão de que sempre é possível mesclar as aulas.Podemos explicar um movimento literário de muito tempo atrás,exemplificando com a atualidade.

domingo, 19 de maio de 2013

Plano de Aula: Geração Trovadorismo



 Público alvo: Ensino médio.

Conteúdo: Contexto histórico do Trovadorismo; Produção literária; As cantigas de amor, amigo, escárnio e maldizer.

Objetivos:Transmitir o conteúdo proposto,apresentando-os em forma de aulas expositivas e discussões para que a aula seja mais produtiva.
Fazer comparações com músicas mais atuais para que isso chame a atenção dos alunos para o conteúdo proposto.

Cantiga de Amigo.
Será apresentada uma cantiga de amigo e os alunos deverão fazer um trabalho de reconhecimento de suas características.
A cantiga apresentada será:
CANTAR DE AMIGO
À beira do rio fui dançar... Dançando 
                Me estava entretendo, 
                Muito a sós comigo, 
Quando na outra margem, como se escondendo 
Para que eu não visse que me estava olhando, 
                Por entre os salgueiros vi o meu amigo.
Vi o meu amigo cujos olhos tristes 
                Certo se alegravam 
                De me ver dançar, 
Fui largando as roupas que me embaraçavam, 
Fui soltando as tranças... Olhos que me vistes, 
Doces olhos tristes, não no ireis contar!
Que o amor é lume bem eu sei... que logo 
                Que vi meu amigo 
                Por entre os salgueiros, 
Melhor eu dançava, já não só comigo, 
Toda num quebranto, ao mesmo tempo em fogo, 
Melhor eu movia mãos e pés ligeiros.
Que Deus me perdoe, que aos seus olhos tristes 
                Assim ofertava 
                Minha formosura!
Se não fora o rio que nos separava, 
Cruel com nós ambos, olhos que me vistes, 
                Nem eu me mostrara tão de mim segura...
(José Régio - Música Ligeira) 

Primeiro será feita uma leitura com os alunos e depois eles deveram formar trios para fazer a atividade proposta.
Com o objetivo de uma aula expositiva, após o reconhecimento das características será feita uma discussão sobre elas.
Meu objetivo é trabalhar com aulas expositivas durante todo o ano, uma aula sim e uma aula não,alternando entre aulas teóricas e práticas.

 Estratégias:

Nas primeiras aulas serão trabalhados os contextos históricos com leitura e explicação do capítulo abordado.
Nas aulas seguintes, uma aula será para apresentação de uma cantiga e outra será para trabalhar o conteúdo apresentado, com as próprias cantigas, reconhecimento de suas características e comparações a outras musicas.

Recursos didáticos:
O material será enviado por email para os alunos ou distribuído em sala de aula.

Resultado esperado:
Espera-se que o aluno compreenda as diferenças e estilos de cada uma das cantigas.

Bibliografia:
MASSAUD, Moises. A Literatura portuguesa através dos textos. São Paulo, Cultrix: 1° Edição, 1968.



                           Postado Por Cristiano Santos




sábado, 11 de maio de 2013

A Poesia Medieval Portuguesa.



  • O Trovadorismo foi a primeira escola literária portuguesa criada.Em meio á alguns assuntos caóticos em Portugal,envolvendo questões econômicas,políticas e culturais surge o Trovadorismo dentro do sistema Feudalismo,em que consistia numa hierarquia rígida entre senhores: um deles, o suserano, fazia a concessão de uma terra (feudo) a outro indivíduo, o vassalo. O suserano, no regime feudal, prometia proteção ao vassalo como recompensa por certos serviços prestados.Essa relação de dependência entre suserano e vassalo era chamada de vassalagem.* 
  • Assim, o senhor feudal ou suserano era quem detinha o poder, fazendo a concessão de uma porção de terra a um vassalo, encarregado de cultivá-la.
  • Além da nobreza (classe que pertenciam os suseranos) e a classe dos vassalos ou servos, havia ainda uma outra classe social: o clero. Nessa época, o poder da Igreja era bastante forte, visto que o clero possuía grandes extensões de terras, além de dedicar-se também à política.


Os poemas produzidos nessa época eram cantados e não declamados,como a maioria dos poetas que conhecemos.Os versos eram soltos com uma melodia,acompanhados por algum instrumento musical.
Os trovadores eram poetas que compunham a letra e a música das canções.Em geral uma pessoa que possuía uma cultura maior do que os outros; viviam na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra - , Jograis - cantores e tangedores ambulantes, geralmente de origem plebéia - e Segréis - trovadores profissionais, fidalgos desqualificados que iam de corte em corte, acompanhados por um jogral) Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de corda e sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
A poesia daquela época possui alguns gêneros dos quais abordaremos no nosso blog.Antes disso,apresentaremos á vocês a primeira canção poética da época.

A canção da Ribeirinha

(Esta cantiga de Paio Soares de Taveirós é considerada o mais antigo texto escrito em galego-português: 1189 ou 1198, portanto fins do século XII. Segundo consta, esta cantiga teria sido inspirada por D. Maria Pais Ribeiro, a Ribeirinha, mulher muito cobiçada e que se tornou amante de D. Sancho, o segundo rei de Portugal. )

"No mundo nom me sei parelha, / mentre me for' como me vai, / ca ja moiro por vos - e ai / mia senhor branca e vermelha, / queredes que vos retraia / quando vos eu vi em saia! / Mao dia que me levantei, que vos enton nom vi fea! "

No mundo ninguém se assemelha a mim / enquanto a minha vida continuar como vai / porque morro por ti e ai / minha senhora de pele alva e faces rosadas, / quereis que eu vos descreva (retrate) / quanto eu vos vi sem manto (saia : roupa íntima) / Maldito dia! me levantei / que não vos vi feia (ou seja, viu a mais bela).

"E, mia senhor, des aquel di' , ai! / me foi a mim muin mal, / e vós, filha de don Paai / Moniz, e ben vos semelha / d'aver eu por vós guarvaia, / pois eu, mia senhor, d'alfaia / nunca de vós ouve nem ei / valia d'ua correa".

E, minha senhora, desde aquele dia, ai / tudo me foi muito mal / e vós, filha de don Pai / Moniz, e bem vos parece / de ter eu por vós guarvaia (guarvaia: roupas luxuosas) / pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de amor) de vós nunca recebi / algo, mesmo que sem valor.

Cantigas de amor
Nesta poesia-música o eu-lirico é masculino e retrata um amor idealizado.Um amor que foge do "comum",já que na maioria das vezes o eu-lírico é inferior á sua amada e há essa divergência social.É uma cantiga desenvolvida em cortes e palacios.
Cantiga de Pero Garcia Burgalês:
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi. 

Tam comprida de todo bem,
per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.

Ca lho nego pola veer,
pero nona posso veer! 


Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
Sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer. 

Ca lhe quero melhor ca mim,
pero non o sabe per mim,
a que eu vi por mal de mi[m]. 

Nem outre já, mentr’ eu o sem
houver; mais s perder o sem,
dire[i]-o com mingua de sem; 

Ca vedes que ouço dizer
que mingua de sem faz dizer
a home o que non quer dizer!


Cantigas de amigo
As cantigas de amigo apresentam eu-lirico feminino, embora o autor seja um homem.
Essa cantiga retrata a vida de uma mulher abandonada por seu amante.Embora esteja magoada e decepcionada,as suas mágoas nunca serão "cantadas" referindo-se diretamente ao seu amado.Desabafa ou com a natureza ou com suas amigas e famílias,etc.
Cantiga de Julião Bolseiro:
Mal me tragedes, ai filha,
porque quer ‘ aver amigo
e pois eu com vosso medo
non o ei, nen é comigo,
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça. 

Sabedes ca sen amigo
nunca foi molher viçosa,
e, porque mi-o non leixades
ver, mia filha fremosa,
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça.

Pois eu non ei meu amigo,
non ei ren do que desejo,
mais, pois que mi por vós v~eo
Mia filha, que o non vejo,
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça.

Por vós perdi meu amigo,
por que gran coita padesco,
e, pois que mi-o vós tolhestes
e melhor ca vós paresco
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça. 



-Gênero satírico: em que o objetivo é criticar alguém, ridicularizando esta pessoa de forma sutil sem que pareça rude mas ao mesmo tempo demonstre na poesia algo importante; a este gênero pertencem as cantigas de escárnio e as cantigas de maldizer.


Cantigas de Escárnio:É apresentado por palavras bem-humoradas e sutis,mas ao mesmo tempo completamente irônicas.

Ai, dona fea, fostes-vos queixar / que vos nunca louv' en [o] meu cantar; / mais ora quero fazer um cantar / en que vos loarei toda via; / e vedes como vos quero loar; / dona fea, velha e sandia!

Dona fea, se Deus me perdon, / pois avedes [a] tan gran coraçon / que vos eu loe, en esta razon / vos quero loar toda via; / e vedes qual será a loaçon / dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei / en meu trobar, pero muito trobei; / mais ora já un bon cantar farei, / en que vos loarei toda via; / e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia!

(Loarei: louvarei / Sandia: louca / Avedes tan gran coraçon: tendes tanto desejo / loaçon: louvor)

Cantigas de Maldizer

Neste tipo de cantiga é feita uma crítica pesada, com intensão de ofender a pessoa ridicularizada. Há o uso de palavras grosseiras (palavrões, inclusive) e cita-se o nome ou o cargo da pessoa sobre quem se faz a sátira:

Maria Peres se mãefestou (confessou) / noutro dia, ca por pecador (pois pecadora) / se sentiu, e log' a Nostro Senhor / pormeteu, pelo mal em que andou, / que tevess' um clérig' a seu poder, (um clérigo em seu poder) / polos pecados que lhi faz fazer / o demo, com que x'ela sempr'andou. (O demônio, com quem sempre andou)

Mãefestou-se, ca (porque) diz que s'achou / pecador mui't,(muito pecadora) porém, rogador / foi log' a Deus, ca teve por melhor / de guardar a El ca o que a guardou / E mentre (enquanto) viva diz que quer teer / um clérigo, com que se defender / possa do demo, que sempre guardou

E pois (depois) que bem seus pecados catou / de sa mor' ouv (teve) ela gram pavor / e d'esmolnar ouv' ela gram sabor (teve grande prazer em esmolar) / E logo entom um clérico filhou (agarrou ) / e deu-lhe a cama em que sol jazer (sozinha dormia) / E diz que o terrá mentre (terá enquanto) viver / e esta fará; todo por Deus filhou. (E isso fará, pois tudo aceitou por Deus).

E pois que s'este preito ( pacto) começou, / antr'eles ambos ouve grand'amor. / Antr'el (entre) á sempr'o demo maior / atá que se Balteira confessou. / Mais pois que viu o clérigo caer, / antre'eles ambos ouv'i (teve nisso) a perder / o demo, dês que (desde que) s'ela confessou.

Trovadores famosos da época:João Soares Paiva, Paio Soares de Taveirós, dom Dinis (que deixou cerca de 140 cantigas líricas e satíricas), João Garcia de Guilhade e Martim Codax.


*Partes retiradas dos sites onde foi feita a pesquisa.

Referência bibliográfica:
http://www.mundovestibular.com.br/articles/9331/1/Trovadorismo/Paacutegina1.html
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/trovadorismo---poesia-cantigas-de-amor-de-amigo-e-de-escarnio-e-maldizer.htm





Postado por Carolina Hermanas.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Plano de Aula: Modernismo

Título da Aula: Modernismo

Materiais: Giz, data show, slides, poema de Fernando Pessoa.


Público Alvo: Terceiro ano do Ensino Médio.


Duração: 4 aulas


1º aula: Modernismo em Portugal., início e os precursores do movimento; 1ª fase, orfeísmo;


2ª aula: 2ª fase - Presencismo, 3ª fase - Neo-Realismo;


3ª aula: Modernismo na Atualidade, Fernando Pessoa;


4ª aula: Debate: Cada aluno trará uma frase de um poema/escrito modernisma que mais lhe chamou a atenção e haverá discussão em aula.



1ª AULA:

Modernismo


    O movimento artístico chamado Modernismo, em Portugal, deu seus primeiros passos em 1910, numa época de transição e de instabilidade política naquele país com a mudança do regime monárquico para o regime republicano. 
       Apresentando semelhança com o modernismo brasileiro no que se refere, principalmente, à literatura, o movimento, em Portugal, surgiu com uma poesia alucinada, provocadora, irritante, com o intuito maior de desestabilizar a ordem política, social e econômica reinante na época. Também influenciada pelo contexto mundial daquele período – 1ª Guerra Mundial (1914), Revolução Russa (1919), EUA assumindo a alcunha de maior potência do mundo – e acompanhando as tendências de vanguarda que nasciam pela Europa, a temática artística apresentava-se com veias de inconformismo, de instabilidade, com o desejo de romper com o passado, de aderir a idéias futuristas, dando maior vida – e visibilidade – ao país. A Europa como um todo vivia um momento de efervescência cultural: a realidade reinterpretada pelos artistas, a crítica aos costumes ultrapassados e a ânsia em aderir e em acompanhar os avanços tecnológicos que rompiam com conceitos já estabilizados, porém atrasados.
       Tanto que, na literatura, a idéia futurista foi a mais explorada pelos escritores. O manifesto técnico da literatura futurista pregava, assim como no modernismo brasileiro, a destruição da sintaxe, o uso de símbolos matemáticos musicais e o menosprezo por adjetivos, advérbios e pontuação. Ainda, alguns críticos literários apresentam três fases para o modernismo português, que serão estudadas a seguir.

1ª Fase - Orfeísmo

Revista Orpheu (Orphismo)

Os únicos dois números de Orpheu - Revista Trimestral de Literatura, lançados em Março e Junho de 1915, marcaram a introdução do modernismo em Portugal. Tratava-se de uma revista onde Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Fernando Pessoa, entre outros intelectuais de menor vulto, subordinados às novas formas e aos novos temas, publicaram os seus primeiros poemas de intervenção na contestação da velha ordem literária; o primeiro número provocou o escândalo e a troça dos críticos, conforme era desejo dos autores; o segundo número, que já incluiu também pinturasfuturistas de Santa-Rita Pintor, suscitou as mesmas reações. Perante o insucesso financeiro, a revista teve de fechar portas, pois quem custeava as publicações era o pai de Mário de Sá Carneiro e este cometeu suicídio em 1916. No entanto, não se desfez o movimento organizado em torno da publicação. Pelo contrário, reforçou-se com a adesão de novos criadores e passou a desenvolver intensa actividade na denúncia inconformista da crise de consciência intelectual disfarçada pela mediocridade académica e provinciana da produção literária instalada na cultura portuguesa desde o fim da geração de 70, de que Júlio Dantas (alvo do Manifesto Anti-Dantas, de Almada) constituía um bom exemplo.


2ª AULA:


2ª Fase - Presencismo

Revista Presença (Presencismo)



A revista Presença - Folha de Arte e Crítica, foi fundada em 1927, em Coimbra, por Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões e José Régio. Não obstante ter passado tempos difíceis, não só financeira como intelectualmente, foi publicada até 1940 demonstrando grande longevidade. O movimento que surgiu em torno desta publicação inseriu-se intelectualmente na linha de pensamento e intervenção iniciada com o movimento Orpheu, que acabou por integrar. Continuou a luta pela crítica livre contra o academismo literário e, inspirados na psicanálise de Freud, os seus intelectuais bateram-se pelo primado do individual sobre o coletivo, do psicológico sobre o social, da intuição sobre a razão. Além da produção nacional, a presença divulgou também textos de escritores europeus, sobretudo franceses. Alguns dos escritores deste Segundo Modernismo foram:Miguel Torga, Adolfo Casais Monteiro, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro, Vitorino Nemésio, Pedro Homem de Mello, Tomás de Figueiredo e Eça Leal.


3ª fase: Neo-Realismo

Jovens estudantes de Coimbra adoptam o combativismo da Geração de 70, cujo socialismo utópico denunciam e iniciam-se no combate à opressão, inspirados pelo socialismo marxista. É nesta conjuntura que surgem em Portugal os primeiros cultores do neo-realismo ou realismo social, claramente em ruptura com o individualismo e intelectualismo psicológico do movimento Presença. Ferreira de Castro, nos seus romancesEmigrantes e A Selva, introduz a análise de problemas de natureza social, trata as populações que emigram, que se empregam e desempregam.Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, Álvaro Cunhal, Mário Dionísio, José Gomes Ferreira, entre outros, continuam a tratar os problemas, as tristezas e as misérias do povo laborioso esmagado pela ganância de uma minoria de representantes do capital, adaptando à realidade nacional o rigor formal e temático dos escritores neo-realistas europeus.

3ª AULA

Atualidade (1960 – até hoje)

- Coincide com a dispersão do grupo surrealista, no final da década de 50 e com a publicação de textos interiorizadores (Existencialismo) e focalizadores da “gente pequena” (literatura socializante).
- Após 1974 (Revolução dos Cravos) os textos espelham uma nova realidade pró-socialista e abismadora diante da realidade.
- Preocupação de relacionamento íntimo com outras literaturas de Língua Portuguesa.


Fernando Pessoa


       Fernando Antônio Nogueira Pessoa – Fernando Pessoa – participou da primeira geração do modernismo português e foi considerado, junto a Camões, o maior poeta de Portugal.

Publicou apenas dois livros enquanto vivo: “35 sonnets” (livro de poemas, em inglês) e “Mensagem”, a obra mais conhecida dele, na qual apresenta o glorioso passado de Portugal e tenta encontrar um sentido para a antiga grandeza e a decadência existente no seu país na época em que o livro foi escrito. 
       Outra obra escrita e assinada por Pessoa, porém publicada postumamente, foi Cancioneiro, em que são explorados temas como solidão, saudade, infância, vida, arte, tédio, ceticismo, e onde encontra-se um dos poemas mais célebre de Fernando Pessoa, “Autopsicografia”, no qual o poeta reflete justamente sobre o fazer poético:

 O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
                          (Antologia Poética, 2001, p. 25).


Próximo ao pensar de Caeiro, segundo Moisés (1991, p. 400), um dos dramas de Pessoa foi o de ser extremamente lúcido, de sonhar em ser inconsciente, porém sem perder a lucidez. E, diferentemente de um dos seus heterônimos, para Pessoa existia coerência entre sentir e pensar. Sentir e pensar constituiam “atos indissociáveis de um órgão íntimo que só por absurdo poderia deixar de sentir e, portanto, de pensar simultaneamente: sentir é pensar, pensar é sentir” (MOISÉS, 1991, p. 400).
Feranando Pessoa faleceu em 30 de novembro de 1935, no mesmo país em que nasceu, sem ter noção exata da dimensão que sua obra alcançaria, e do enigma que sua pessoadeixaria a todos.


4ª AULA:


Debate: Fazer um círculo com as cadeiras e cada um falará somente uma frase que mais lhe chamou a atenção e explicar o porquê, e então debateremos rapidamente cada frase mencionada, levando em conta os aspectos modernistas mencionados em aula.


Avaliação do professor: Trazer o poema, participação da aula.


Postado por  Dâmaris Roberta Lins de Góes


domingo, 5 de maio de 2013

Plano de Aula:Geração Realismo.

Título da Aula: Movimento Literário Realismo

Objetivo: Retratar a sociedade e seus problemas sociais políticos e culturais. Fazer com que os alunos debatam sobre o assunto encontrado no texto.

Materiais: Giz, Letra de musica , caixa de som, telão ou sala de teatro.


Justificativa: Fazer com que o aluno retire do texto a realidade cotidiana.

Público alvo: Alunos do terceiro ano do colegial.


Duração: 4 aulas

1º aula:Apresentação dos temas,contextos histórico e social do Realismo,usando a  Imagem de obra de Gustave Couber e relatar músicas atuais que mostram o mesmo Realismo,um exemplo para a apresentação do trabalho seria: Indíos - Legião Urbana.


2ª aula:Falar a importância de Antero de Quental que rompeu com o Romantismo ao editar Odes Modernas.Antero inicia a Questão Coimbra com a carta Bom Senso e Bom Gosto e com ele o Realismo em Portugal.


Características do Realimo:
·Assume uma postura mais  engajada. Há o compromisso entre a arte e a realidade social.
·Possui um embasamento teórico: determinismo, positivismo, evolucionismo, socialismo e anticlericalismo
· Crítica à educação romântica
· Crítica ao conservadorismo da Igreja
· Visão objetiva da realidade
· Representação da vida cotidiana
· Uso da razão e da objetividade.

 Música indicada: Faroeste Caboco - Legião Urbana.


3ª aula:Apresentação do trabalho(pedido anteriormente) escolhendo uma musica que demonstre a realidade pessoal do aluno para debate em sala.


4º aula
Contar a historia de Cesáro Verde e a sua representação para o Realismo.
Poesia do cotidiano: fazer com que o aluno escreva  poesia no seu realismo seja pessimista ou otimista.


Evento especial: Debate: fazer o aluno trazer letras de musicas que estejam relacionados com a sua própria realidade.


Avaliação do professor: Redação.

Prova oral durante a aula.





Postado por  Yuri Priscila .S dos Santos.

Plano de aula de Literatura para o ensino médio.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·Identificar o gênero conto.
·Compreender e interpretar o texto e a música trabalhados.
·Comparar as duas formas de abandono/distanciamento as quais o texto e a música referem-se para dar-se conta de que o valor individual das pessoas está cada vez menor em meio à multidão.

CRONOGRAMA DOS TRABALHOS
1. Apresentação da música Maior Abandonado, de Cazuza e Frejat (5 min.)
2. Compreensão e interpretação da música de forma oral, tentando levantar assuntos que se relacionem com o tema do abandono/distanciamento entre pessoas, tratado no conto que virá a seguir. (20 min.)
3. Apresentação do conto Grande Edgar, assim como de seu autor, Luis Fernando Veríssimo (5 min.)
4. Leitura silenciosa do conto (10 min.)
5. Leitura expressiva do conto pelo professor (5 min.)
6. Compreensão e interpretação do conto de forma oral, destacando temas como “como nos distanciamos de pessoas importantes ao longo da vida”, “como nos tornamos 'apenas mais um' aos olhos da sociedade”, “como nós mesmos não nos damos a devida importância”, etc. (25 min.)
7. Análise do conto conforme as estruturas características do gênero (apresentação, Modelo de complicação, clímax, desfecho) (15 min.)
8. Escrita de um pequeno texto que responda a pergunta “Quem é o “maior abandonado do título da música?” (15 min.)

CONTEÚDOS
·Leitura, análise e interpretação do conto Grande Edgar, de Luis Fernando Veríssimo.
·Leitura, análise e interpretação da música Maior Abandonado, de Cazuza e Frejat.
·Gênero conto.
·Gênero letra de música.
Música Maior Abandonado, composta por Cazuza e Frejat
Eu tô perdido
Sem pai nem mãe
Bem na porta da tua casa
Eu tô pedindo
A tua mão
E um pouquinho do braço
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam
Eu tô pedindo
A tua mão
Me leve para qualquer lado
Só um pouquinho
De proteção
Ao maior abandonado
Teu corpo com amor ou não
Raspas e restos me interessam
Me ame como a um irmão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam
Eu tô pedindo
A tua mão
Me leve para qualquer lado
Só um pouquinho
De proteção
Ao maior abandonado

Conto Grande Edgar, de Luis Fernando Veríssimo
Já deve ter acontecido com você.
- Não está se lembrando de mim?
Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra? Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir. Um, o curto, grosso e sincero.
- Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O "Não" seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.
Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.
- Não me diga. Você é o... o...
"Não me diga", no caso, quer dizer "Me diga, me diga". Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:
- Desculpe deve ser a velhice, mas...
Este também é um apelo à piedade. Significa "Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!" É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.
E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.
- Claro que estou me lembrando de você!
Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
- Há quanto tempo!
Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.
- Então me diga quem eu sou.
Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:
- Pois é.
Ou:
- Bota tempo nisso. Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus?
Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como "jabs" verbais.
- Como cê tem passado?
- Bem, bem.
- Parece mentira.
- Puxa.
(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)
Ele está falando:
- Pensei que você não fosse me reconhecer...
- O que é isso?!
- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.
- E eu ia esquecer você? Logo você?
- As pessoas mudam. Sei lá.
- Que idéia!
 (É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. "Que bom encontrar você!" e paf, chuta uma perna. "Que saudade!" e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)
- É incrível como a gente perde contato.
- É mesmo.
Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.
- Cê tem visto alguém da velha turma?
- Só o Pontes.
- Velho Pontes!
(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar.
Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)
- Lembra do Croarê?
- Claro!
- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.
- Velho Croarê!
(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)
- Rezende...
- Quem?
Não é ele. Pelo menos isso está esclarecido.
- Não tinha um Rezende na turma?
- Não me lembro.
- Devo estar confundindo.
Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.
- Sabe que a Ritinha casou?
- Não!
- Casou.
- Com quem?
- Acho que você não conheceu. O Bituca.
Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?
- Claro que conheci! Velho Bituca...
- Pois casaram...
É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.
- E não me avisaram nada?!
- Bem...
- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!
- É que a gente perdeu contato e...
- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.
- É...
- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!
- Desculpe, Edgar. É que...
- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...
(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de "Já?!")
- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?
- Certo, Edgar. E desculpe, hein?
- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.
- Isso.
- Reunir a velha turma.
- Certo.
- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...
- Bituca.
- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?
- Tchau, Edgar!
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer "Grande Edgar". Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar "Você está me reconhecendo?" não dirá nem não. Sairá correndo



RECURSOS
Aparelho de som

AVALIAÇÃO
Será feita a partir do texto elaborado em aula, cujo tema permite que seja observado o entendimento do aluno perante os conteúdos apresentados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAZUZA e FREJAT. Maior abandonadohttp://letras.mus.br/cazuza/919100/
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Grande Egar. In:__ As mentiras que os homens contam. São Paulo: Objetiva, 2000.

Postado por David Faula

sábado, 20 de abril de 2013

Garota de Ipanema - Cantiga de amor.

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de lpanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor.


OBS:Uma das músicas mais famosas que pode ser comparada com a cantiga de amor,representada por um eu-lírico masculino e a idealização de uma mulher.













Postado por Carolina Hermanas.